Sofia Katherine Cimardi
No
dia 20 de maio de 2014, um menor de 17 anos, considerado perigoso, foi preso.
Contra ele existia um mandado de busca e apreensão que foi emitido em 31/03/14.
O menor era acusado de furto, roubo e de posse e trafico de drogas. Esse é mais
um dos milhares casos de menores infratores, que cresce a cada mês. Esse e
muitos outros exemplos são o porquê da diminuição da maioridade penal. Veja
alguns argumentos a favor dessa tese.
Já
temos alguns estudos que apontam que aos 10 anos o ser humano já sabe
reconhecer o que é certo e o que é errado. Entendo que a aprovação da lei da
maioridade penal deva ser a partir dos 16 anos, pois entre os 10 e 15 anos as crianças
ainda não têm experiência de vida, sabem o certo e o errado. No entanto sentem
curiosidade da experimentação - baseado na relação de diversos fatores, como a
busca de novas experiências, ser aceito pelo grupo, independência, desafio da
estrutura familiar e social - assim precisam ter a supervisão e a
responsabilidade de um adulto. Já os jovens de 16 anos votam, namoram, aprontam,
aprendem e se divertem, e isso os torna pessoas com mais experiência, sabendo o
que é certo e o que errado e vivenciando os dois. Esse é o principal motivo
para eles serem responsabilizados e julgados e, se necessário punidos por seus atos.
Atualmente,
os jovens infratores (menores de idade) ficam nas instituições de reabilitação,
onde se encontram, falam sobre suas infrações, trocam experiências negativas; e
as instituições, com seus métodos falhos de educação, não conseguem preparar esses
jovens para inseri-los novamente na sociedade. Assim, depois dos 18 anos, esses
jovens ficam coma ficha limpa, o que não condiz com suas verdadeiras ações
antes dos 18 anos.
Alem
disso, os jovens que cometem delitos sabem que estão errando e, mesmo assim, continuam
fazendo, pois são reféns de bandidos, tudo por não terem dignidade, por não
terem tido educação.
Temos uma parte da sociedade
que, por comodidade, passa mão na cabeça desses menores infratores e dizem ”eles
fizeram sem querer”; dizer isso é pior do que cometer um crime, pois só adiam
uma solução para esse problema social. Se eles fizeram é porque sabiam o que estavam
fazendo, e se continuarmos passando a mão na cabeça dessa juventude, eles irão
repetir essas ações várias vezes até atingirem os 18 anos, aí sim serão
marginais adultos.
De
outro lado há os criminosos que aproveitam essa falha do sistema para reunir
jovens que a lei não pode punir para fazerem o trabalho sujo. Então, nessas horas
é que pensamos: onde estão sendo aplicados os impostos que deveriam ser destinados
à segurança?
Hoje em dia, não se faz tudo
por dinheiro roubar, matar e até defender criminosos? Mas quando alguém da nossa
família sofre algum crime hediondo, Deus e o mundo querem procurar o culpado. Quando
finalmente acham quem é o bandido, corremos o risco de ser uma pessoa de classe
social baixa, normalmente confundida com um bandido. Isso mostra que no Brasil temos
ainda muito preconceito e racismo.
Então,
um dos caminhos para a solução do problema da maioridade penal seja a redução para
16 anos, mas em paralelo a reabilitação dos jovens infratores e melhores opções
na reeducação e no trabalho para que os jovens não retornem ao mundo do crime.
Quanto ao sistema, melhorar a fiscalização na aplicação das leis, principalmente
a melhoria da polícia investigativa, e assim com um todo a segurança dos brasileiros.
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